Todos os anos no mês de junho, cerca de 10 mil cães são comidos por pessoas em Yulin, uma região autônoma em Guangxi Zhuang, na China como parte de uma tradição local. Os animais são brutalmente caçados, mortos e cozidos em um caldeirão. Durante o festival, a carne é servida às pessoas que juntamente com um licor forte celebram a tradição. O festival do cachorro marca o solstício de verão, nesta cidade ao sul da China.
Como tantos animais vão parar no caldeirão? Bem, a maioria da carne canina trazida e vendida no festival provém do mercado negro. Além dos criadores ilegais que fizeram deste festival um negócio rentável, muitos dos cachorros comidos no festival são animais de rua ou de estimação que são roubados de suas famílias para serem vendidos por cerca de 9 yuan (apenas R$ 3,20, isso mesmo: três reais e vinte centavos). As pessoas que roubam os cães de famílias conseguem o maior rendimento, pois não tem gastos para manter os animais em criação. Restaurantes servem carne de cachorro, porém, são orientados a “maquiarem” o cardápio e, normalmente, se um turista manifestar a vontade de provar a carne, a orientação é para que seja negado.
Mas nem todos os moradores são a favor desta atrocidade. Advogados, ativistas dos direitos animais e professores lutam para que este costume seja proibido pelo governo Chinês sob pena de prisão e multa usando como argumento que o festival prejudica cada vez mais a imagem da China perante o mundo. Todos os anos centenas de ativistas promovem manifestações em prol dos animais, alguns são mais agressivos e invadem a “sala das gaiolas” para soltarem os cães. Mas a tradição está enraizada naquela região e todos os anos milhares de cachorros são mortos, o festival acontece e faz muito sucesso.
Alguns ativistas tentando salvar os cães capturados para o festival.
Nenhum comentário:
Postar um comentário