Repassando
PRESTEM ATENÇÃO AO NOME DA SUBSTANCIA: permetrina
Três recomendações importantes:
1 – escolha criteriosa de veterinário que atenderá seu animal de estimação.
2 – leitura da bula (sempre).
3 – permanecer um tempo junto ao animal após medicá-lo, podendo assim observar suas reações.
2 – leitura da bula (sempre).
3 – permanecer um tempo junto ao animal após medicá-lo, podendo assim observar suas reações.
Gotas de risco
Chega o verão e, com ele, as pulgas. Qualquer dono que se preze lembra logo de aplicar um remedinho para prevenir o pesadelo. Não foi diferente na casa de Juny.
Era sexta de manhã. Bianca acordou indisposta e decidiu não ir trabalhar. Com tempo livre, aplicou o antiparasitário nas duas gatas da família, seguindo orientações do veterinário.
Pouco depois, notou que Juny estava meio trêmula, mas imaginou que ela tivesse tomado um "corre" do pitbull do vizinho.
Saiu por alguns minutos. Quando voltou, a gata não apareceu para recebê-la. Bianca estranhou. Revirou a casa e achou Juny se contorcendo em um canto, olhos esbugalhados, a boca se abrindo em movimentos involuntários.
Ilustração Tiago Elcerdo |
Bianca correu a um hospital veterinário. Foi a sorte de Juny, que já começava a convulsionar. Ela estava intoxicada.
O produto antipulgas receitado por escrito pelo veterinário tinha permetrina, uma substância barata e eficaz no combate a parasitos de cães, mas que pode ser fatal para gatos. A proibição do uso em felinos está na bula. Com todas as letras.
Os sinais de intoxicação começam de uma a três horas após o contato do gato com o produto. Podem variar de tremores, espasmos e convulsões, como aconteceu com Juny, até vômitos, diarreia, salivação excessiva, dificuldade respiratória e morte. Cerca de 10% dos gatos intoxicados por permetrina morrem.
Juny passa bem, depois de 24 horas de internação e um desembolso de quase R$ 2.000. Bianca telefonou ao veterinário. Ele não quis ouvi-la.
Da história ficam algumas lições. Para os veterinários, a percepção de que gatos não são cães pequenos e que há coisas que nunca se faz em excesso, entre elas estudar e exercitar a capacidade de admitir erros.
Para os donos, fica evidente a necessidade de que leiam a bula de todos os medicamentos antes de usá-los e que fiquem por perto quando decidirem medicar um animal. Se Bianca não estivesse em casa, talvez Juny não tivesse resistido.
Sílvia Corrêa cursou jornalismo e veterinária. Trabalhou por 13 anos na Folha e, depois, nas principais emissoras de televisão do país. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, na revista ‘sãopaulo’.
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fonte:https://vidagateiro.wordpress.com/page/2/
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